Os receptores adrenérgicos (ou adrenorreceptores) são uma classe de receptores acoplados à proteína G (GPCRs) que são alvos de catecolaminas, especialmente norepinefrina (noradrenalina) e epinefrina (adrenalina). Eles desempenham um papel crucial na mediação da resposta "lutar ou fugir" e na regulação de uma ampla gama de funções fisiológicas.
Existem dois tipos principais de receptores adrenérgicos: os receptores alfa (α) e os receptores beta (β). Cada tipo é ainda subdividido em subtipos, cada um com diferentes distribuições teciduais e efeitos farmacológicos.
A sinalização dos receptores adrenérgicos envolve várias vias de transdução de sinal intracelular, dependendo do subtipo de receptor. Como mencionado acima, os receptores α₁ ativam a PLC, os receptores α₂ inibem a adenilato ciclase e os receptores β estimulam a adenilato ciclase. Essas vias modulam a atividade de várias proteínas e enzimas intracelulares, levando a uma variedade de efeitos fisiológicos.
Os receptores adrenérgicos são alvos importantes para uma ampla gama de medicamentos.
Agonistas Adrenérgicos: Estimulam os receptores adrenérgicos. São usados para tratar condições como asma (β₂-agonistas), choque (α₁-agonistas), e congestão nasal (α₁-agonistas).
Antagonistas Adrenérgicos (Bloqueadores): Bloqueiam os receptores adrenérgicos. São usados para tratar condições como hipertensão (β-bloqueadores e α₁-bloqueadores), ansiedade (β-bloqueadores), e hiperplasia prostática benigna (α₁-bloqueadores).
A expressão e a sensibilidade dos receptores adrenérgicos podem ser reguladas por uma variedade de fatores, incluindo exposição prolongada a agonistas ou antagonistas (levando à dessensibilização ou supersensibilização, respectivamente). Essa regulação é importante para manter a homeostase e a resposta adaptativa do organismo a diferentes estímulos.